domingo, 13 de maio de 2012

Labirinto Sangrento

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Labirinto Sangrento


Acordei atordoado. Onde eu estava? O que aconteceu?
Olhei em volta e me encontrei em um quarto abafado. A única luz do cômodo era uma lâmpada fraca, piscando intermitente. Levantei devagar e reparei na pequena porta de metal. A única saída. Andei até ela sentindo o gelo do chão sob os meus pés descalços.
Passei por ela e saí em outro aposento parecido. O que diabos era aquilo?! Passei pela outra porta, e saí em outro quarto semelhante. Aquilo era uma brincadeira?
Passei pela porta correndo e, continuei correndo. Até dar de cara com uma porta trancada Voei para trás com meu nariz explodindo de dor e sangue.
Xinguei, berrei e amaldiçoei. Quem poderia fazer aquilo comigo? Eu era o diretor de uma grande empresa, honesto, com duas filhas e uma esposa maravilhosa. Nunca fiz mal para ninguém! Por quer isso estava acontecendo comigo?
Fiquei em pé e tentei abrir a porta calmamente. Estava trancada por fora, por uma corrente não muito grossa. Empurrei com força, mas não adiantou muito. Tomei distância, corri e me joguei na porta. Ela cedeu um pouco. Repeti o processo. Repeti mais uma vez. E mais uma. E mais uma. E mais uma. Xinguei novamente, limpei o suor da testa, respirei fundo e me joguei novamente na porta. Ela se abriu e eu caí em um mar de cacos de vidro.
Gritei de dor. A sala onde eu estava era um metro abaixo da porta por onde passei. Vidros coloridos e de todos os tamanhos estavam perfurando o meu corpo e causando a minha agonia.
Despi o meu paletó, e o usei para me afastar o máximo possível de perigos, para eu poder me arrastar até a próxima porta. Cada vez que eu puxava o meu corpo para frente, um gemido alto saía da minha boca.
Quando finalmente passei pela porta, o quarto era diferente dos anteriores. Era incrivelmente iluminado, e suas paredes brancas ofuscaram meus olhos no início. Encostei na parede e comecei a árdua tarefa de retirar os cacos de mim. Chorei. Gritei. Xinguei. Amaldiçoei.
Por que um psicopata havia me escolhido?
Com os pés, as mãos e o resto do corpo sangrando, continuei lá, encostado na parede, assustado. De repente, um projetor foi ligado e na parede à minha frente, um filme começou a passar.
- Olá. – Disse uma voz masculina. – Você é a minha sexagésima sexta vítima. Você se encontra no Labirinto Sangrento, minha obra-prima mortal.
- QUEM É VOCÊ? O QUE QUER DE MIM? – Gritei.
-... Até o pôr do sol para encontrar a saída. Se não tiver sorte, acabará como todas as outras vítimas.
O filme começou a rodar, uma mulher loira estava presa em uma maca, e havia um homem desenhando com um bisturi na barriga dela. De repente, o filme pulou para  frente, com a mulher em um estado lastimável, morta e aos pedaços.
- Devo avisá-lo que não falta muito tempo para o sol se pôr.
Ainda horrorizado, levantei ignorando minhas dores e corri mancando para fora dali.
Saí em uma escadaria. Não subia, apenas descia. Segui a escada, e a cada andar, testava a porta. Todas trancadas. Até que uma delas abriu, na parede estava escrito: Abatedouro.
Assustado, voltei para a escada, e desci o último lance. A porta também estava trancada. Sentei na escada, exausto. Após alguns minutos, comecei a tossir e a me sentir tonto. Reparei tarde demais na fumaça envenenada que me cercava. Voltei para a sala do abatedouro sem conseguir respirar. Caí no chão e tossi até a minha respiração retornar ao normal. Fiquei em pé e segui pelo corredor e passei por uma porta. Outro corredor com várias salas. Umas delas tinha a porta vermelha e estava escrito: Sala da Morte.
Tentei voltar para a escada, mas a porta estava trancada agora. Testei a primeira porta próxima, três pitbulls apareceram correndo para cima de mim, tentei fechar a porta, mas ela estava travada. Corri, com os cachorros no meu encalço, e entrei na sala da morte, me salvando dos cachorros. O cômodo estava escuro, com apenas uma luz vermelha fraquíssima acesa. Segui pela sala, até que algo gelado encostou no meu ombro. Olhei para cima e consegui ver pedaços  penduradas no teto. Gritei e corri até a porta. Era uma escada.
Pisei errado no degrau por causa da velocidade e rolei até o seu fim.
Minha cabeça estava sangrando por causa de um corte profundo.
Enxerguei a saída, uma porta com o sol se pondo, e uma fileira enorme de pares de sapatos. Me arrastei demoradamente, mas infelizmente era o mais rápido que eu podia. Peguei meus sapatos, era o primeiro par, e empurrei os outros conforme me arrastava pela fileira.
Estava quase na porta quando ela se fechou com um estalo e escureceu o ambiente.
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO! O SOL AINDA NÃO SE PÔS!!!
Em um momento de desespero, tateei meu paletó, que ainda carregava comigo, até achar um pedaço de vidro afiado.
Cortei minha própria garganta, apenas para não sofrer e, para não dar o prazer de me matar à um maníaco.



Baseado em Criminal Minds
Se copiar a estória, não esqueça de citar a autora (Lívia)!